Todo empreendedor – e todo bom gestor - sabe que a eficiência de uma empresa depende muito de como o negócio é administrado e da maneira como as atividades e processos são conduzidos.
Até pouco tempo atrás, uma série de tarefas rotineiras ainda precisavam ser realizadas manualmente. Processo por processo. Não era incomum, assim, mobilizar profissionais – as vezes uma equipe inteira – para tal. Além do tempo empregado nessas atividades ‘mecânicas’, totalmente operacionais, havia o risco da ocorrência de erros - algo comum a toda ação repetitiva - e, consequentemente, da necessidade de refazê-la. Tudo isso, infelizmente, implica custos e, em um mundo tão competitivo, resulta em prejuízos.
Na minha avaliação, é difícil encontrar, na atualidade, uma empresa que não enfrente, em algum de seus setores, situação semelhante. Acredito, inclusive, que esse seja um ‘termômetro’ interessante para entender qual é o momento de investir em novas tecnologias. Afinal, o desejo de todo gestor que visa o crescimento é aparar arestas e ganhar cada vez mais produtividade e escala.
Em boa parte dos casos, investir em tecnologia significa ganhar mais segurança, profissionalismo, velocidade e produtividade. Quando falamos em Inteligência Artificial (IA), podemos adicionar à essa conta o fim da ocorrência de erros na execução das tarefas e, logo, aos gastos desnecessários. Um estudo da McKinsey Global Institute mostra, inclusive, que a IA pode aumentar a produtividade global, até 2025, em 26%. Isso significa que empresas que adotam novas tecnologias, como a IA, podem esperar um aumento significativo em seus lucros. Além disso, torna-se possível alocar os profissionais em áreas mais estratégicas, aumentando, inclusive, o nível de satisfação do próprio colaborador, que vê suas habilidades sendo valorizadas, além da oportunidade de aprimoramento e crescimento.
Com os avanços tecnológicos alcançados nos últimos anos, já se tornou realidade fazer a gestão dos negócios usando ferramentas com IA. Com elas, basta que o profissional execute uma determinada atividade apenas uma vez. O software aprende o que precisa ser feito e realiza as ações automaticamente. No departamento financeiro de uma empresa, por exemplo, a tecnologia pode fazer a gestão das contas a pagar, automatizar os processos de emissão de notas e realizar o controle do faturamento. Também é um excelente meio para realizar o controle de estoque.
Outro exemplo interessante vem da relação entre empresa e equipe de contabilidade. Se ambos utilizarem a mesma plataforma de tecnologia e estiverem integrados, a troca de informações e o compartilhamento de documentos ficam mais dinâmicos, eficientes e seguros. O contador passa a executar suas tarefas mais rápido, também com menor chance de erros e ganha tempo para desempenhar um papel fundamental: estudar oportunidades que permitam a diminuição da carga tributária, ampliação dos negócios, entre outros pontos.
É interessante notar que esse cenário já vem se tornando realidade. Uma pesquisa encomendada pela Microsoft detectou que sete em cada dez empresas de micro, pequeno e médio porte já usa IA no dia a dia. A tecnologia é aplicada no atendimento ao cliente (69%), em softwares que agilizam o trabalho (64%) e na geração de imagens e conteúdo (43%). Como benefícios, as companhias registraram: aumento de eficiência e produtividade (72%), melhoria na relação com clientes (58%) e redução de custos (46%).
O fato é que ao ganhar agilidade na execução de determinadas tarefas de gestão, alocar profissionais para atuação mais estratégica e alcançar a redução de custos, a empresa pode destinar recursos para outras atividades essenciais, como conquista de novos clientes, aprimoramento da qualidade do atendimento prestado, ganho de competitividade, etc. Assim, a hora de investir na automatização da gestão dos negócios, sem dúvida, é agora!
Por Mauricio Frizzarin, fundador e CEO da Qyon Tecnologia – empresa especializada no desenvolvimento de softwares para gestão empresarial com inteligência artificial – cursou Tecnologia de Software e Marketing, OPM (Owner/President Management) na Harvard Business School, Executive Education em Inteligência Artificial na University of California, Berkeley e em Fintech em Harvard.
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