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Saúde mental e estratégia para performance

A ciência avança na comprovação que o equilíbrio mental está 100% ligado com a a capacidade de INOVAR.


Uma estatística chocante recém publicada pelo Mental HealthCare Statistics: 15,8% dos americanos tomam medicação regular para depressão ou ansiedade, e 25% para aqueles com menos de 30 anos. Em maio de 2022, 39% dos americanos experimentaram alguma forma de ansiedade ou depressão nas últimas quatro semanas.


Estresse, ansiedade e depressão estão se tornando os maiores problemas de saúde no trabalho. Como eu sei? O último estudo global da Mercer descobriu que 81% dos trabalhadores estão esgotados. E uma nova pesquisa da LifeWorks mostra que os gerentes agora têm pontuações de saúde mental mais baixas do que os funcionários, indicando como a pandemia tem sido difícil. (A American Psychological Association acredita que o trauma da pandemia terá um impacto duradouro nos funcionários.)


Os números da figura abaixo da American Psychological Association, sinalizam que a saúde mental está se tornando um fator preponderante para a PERFORMANCE e a INOVAÇÃO dos empregados.



71% dos colaboradores já percebem que os seus empregadores estão preocupados com a saúde mental, enquanto 81% dos colaboradores já acreditam que a maneira como seus empregadores estão dando o suporte necessário para este desequilíbrio cada dia maior dentro das empresas, será o fator decisivo para impactar a PERFORMANCE e consequentemente a capacidade de INOVAR.


O como será possível dar este suporte, já se sabe que os colabores mencionam:

  • Horário flexível – 41%

  • Cultura que permita paradas temporárias (time-off) – 34%

  • Trabalho remoto – 33%

  • Semana de 4 dias – 31%

Existem duas dimensões de saúde mental no trabalho: o indivíduo e a organização.


No nível individual, cada um de nós tem necessidades, aspirações e fobias. Como a Hierarquia de Maslow aponta, quando nos sentimos seguros e protegidos, aspiramos por crescimento, significado e um propósito mais elevado. Se sentimos ameaças em casa ou no trabalho (pandemia, problemas familiares, estresse financeiro ou outros), é ativado o sistema de sobrevivência, que incita a fuga, a luta ou o congelamento. No trabalho, isto significa tirar o pé do acelerador… não se produz… somente se sobrevive!


O que Marty Seligman (o pai da psicologia positiva) indica quando as pessoas estão estressadas é necessário se afastarem do problema, sentir alegria, diversão e riso, e parar de demonizar sobre o problema. Estresse cientificamente ativa caminhos neurais diferentes dos caminhos neurais da PERFORMANCE.


A curva do estresse – curva vermelha – segundo o Instituto HeartMath tem o perfil abaixo.



Nos estágios iniciais de um trabalho ou negócio, o estresse é incentivo para começar algo novo. Existe apreensão, porém o otimismo e as ideias predominam. Startups e equipes de novos produtos têm esse tipo de estresse. Existem riscos e incertezas, mas o potencial é o gás necessário para impulsionar a equipe ou o negócio.


À medida que o negócio ou empresa cresce, as tensões ficam maiores e mais amplas. A “lei dos grandes números” se estabelece e a pergunta “Como vamos atingir esses números? ” Começa a se instalar na mente da equipe. A dúvida do será que vamos conseguir?!. Nesta segunda etapa o estresse e o desempenho aumentam. O time se une para trabalhar juntos, se desafiando, e um novo ciclo de crescimento se inicia.


Mas então algo acontece. A equipe, negócio ou empresa parece estagnar. Forças não controláveis, inesperadas entram no mercado. A concorrência entra no mercado; o produto simplesmente não deslancha; ou até talvez a economia tenha dado um mergulho. Os números caem e o estresse sobe. Pessoas são demitidas e a pressão aumenta… Aí, não tem mais solução… Entornou o caldo!


Durante a fase descendente de alto estresse, os líderes às vezes fazem a coisa errada. Eles “apertam o cinto” da gestão financeira, dizendo às pessoas para “fazer mais com menos”. Eles se concentram em pessoas que não estão atingindo seus objetivos e iniciam um processo draconiano de gerenciamento de desempenho. Microgerenciando TUDO. Ou, eles trazem um monte de consultores (veja o filme Office Space) para ajudar a tomar as decisões difíceis.


Está na HORA DE PARAR! ALGO está totalmente errado! Estes procedimentos não estão mais alinhados com o mundo em que vivemos…


Está na hora de PENSAR. Primeiro na saúde e na vitalidade das PESSOAS. Em vez de pressionar por crescimento e inovação acima de tudo, é preciso EQUILIBRAR as pessoas para que elas possam acessar as áreas pré-frontais responsáveis pela imaginação e a criatividade. Somente em equilíbrio é possível CRIAR, REINVENTAR E CRESCER.


Teresa Amabile, professora emérita da Universidade de Harvard, que estuda motivação e desempenho há décadas, nas suas pesquisas concluiu que inovação, produtividade e resolução de problemas estão diretamente relacionados à motivação intrínseca. O estresse causado por metas inatingíveis ou microgerenciamento reduz essa fonte de poder, levando as empresas para o lado oposto da curva de crescimento.


O Programa INNER criado pela IMAGINAR SOLUTIONS, trabalha com times de INOVAÇÃO, para aumentar o resultado do processo. Reequilibrando os times usando tecnologia e práticas simples porém efetivas para diminuir o estresse e aumentar a inovação.



Por Solange Mata Machado é diretora-executiva da Imaginar Solutions. Doutora e mestre em inovação e competitividade pela FGV com pós-doutorado (pós-doctor) em neurociência aplicada à tecnologia pela UFMG. Engenheira elétrica com BS pela Universidade Columbia (EUA) e especialização em empreendedorismo e inovação pela Universidade Hitotsubashi (Japão), pela Universidade Renmi da China, pelo Technion – Instituto de Tecnologia de Israel, pela Universidade Yale (EUA), pela Babson College (EUA) e pela Creative Education Foundation (EUA). E contribui com o portal digital Business Leaders e palestrante do evento CIO Leaders.

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